Você já se perguntou: por que fui descadastrado do hospital que trabalho? Afinal, esse não é um evento muito adverso e muitos profissionais podem ser pegos de surpresa.

Assim, é muito comum que o médico ou outro profissional de saúde, mediante reclamação de outro paciente ou, até mesmo, de algum colega, receba uma cartinha do hospital ou suspendendo-o da prestação de serviços (afastamento) ou descadastrando-o.

Primeiro, vale dizer que o descadastro sumário, sem um processo administrativo propriamente dito, pode ocorrer em hospitais particulares, em que os diretores têm o poder de escolher se o profissional continua atuando ou não. Continue acompanhando e saiba como proceder quando se perguntar “por que fui descadastrado do hospital que trabalho?”.

Por que um médico pode ser descadastrado de um hospital?

Muitos são os motivos de um médico ou profissional da saúde ser descadastrado do hospital onde trabalha. Especialmente se ele tiver muitas reclamações.

Normalmente, esse tipo de ação ocorre em hospitais ou clínicas particulares, em que os contratos por tempo de trabalho são maiores. Além disso, os diretores têm mais autonomia para montar ou desfazer a sua equipe. 

Quando um médico ou outro profissional da saúde recebe muitas reclamações dos pacientes, com certeza, ele fica visado em seu local de trabalho. 

O diretor responsável pode verificar se há, ou não, a necessidade de retirar o cadastro do profissional do banco de dados. Especialmente se entender que ele pode gerar risco ao paciente.

O que o médico ou profissional de saúde pode fazer se for descadastrado do hospital?

Em hospitais públicos há necessidade de sindicância e/ou processo administrativo para ocorrer demissão do funcionário. Afinal, em ambientes públicos, normalmente, há concurso para que o profissional preste serviço. 

Portanto, neste caso, o profissional deve procurar um advogado especialista em direito médico para defender os seus interesses e garantir que a ampla defesa e contraditório estarão presentes.

Em hospitais particulares é um pouco mais complicado, pois o fato de ser particular faz com que eles mesmos possam escolher os profissionais que atuam naquele local. Isso porque, normalmente, os médicos ou outros profissionais preenchem um cadastro e são aceitos ou não.

Então, teoricamente, eles podem descadastrar ou suspender as atividades do médico ou outro profissional naquele hospital quando entender pertinente. Normalmente, isso pode gerar prejuízos ao profissional, que pode perder o paciente.

Portanto, neste caso, é necessário que o médico ou profissional tenha uma assessoria jurídica especializada para poder analisar os possíveis danos e verificar a melhor forma de prosseguir com a ação. 

Seja através da tentativa de prova de que o fato não ocorreu ou de acordo com a Instituição. Também pode ser através de uma defesa robusta dentro de um procedimento interno, se ocorrer.

De fato, estas situações se tornam cada vez mais corriqueiras, e é preciso avaliar os riscos de cada situação, procurando a melhor forma de agir.

Dicas úteis para que o descadastro do hospital não ocorra

Listei abaixo algumas dicas para que o descadastro em um hospital não ocorra. Veja:

  1. Quando fizer o cadastro em um novo hospital, sempre leia as regras e regulamentos, para tomar ciência e tirar as dúvidas possíveis, evitando o seu descumprimento;
  2. Mantenha um bom prontuário, bem preenchido de informações relevantes, com data, horário e assinatura, de modo que este possa te ajudar em conflitos que porventura ocorram;
  3. Mantenha uma boa relação com a equipe do hospital para que os fluxos sejam cumpridos em sua totalidade, sem situações de desconforto ou antiéticas;
  4. Não utilize login e senha de outros profissionais, e não compartilhe seu login e senha ou informações que somente você deve saber, pois, a depender, este compartilhamento pode ser considerado crime.

Devo trabalhar em hospital ou ter minha própria clínica?

No início da carreira, todo médico ou profissional da saúde trabalha para terceiros. É muito difícil ver quem tem a sua própria clínica ou consultório, afinal, é necessário e importante fazer o próprio nome no mercado. 

E no início de qualquer carreira é difícil ter pacientes. Por isso, para se tornar conhecido e ganhar experiência, trabalhar para terceiros é um bom passo.

Veja abaixo as vantagens dos dois caminhos:

1. Trabalhar em um hospital

O início mais fácil de uma carreira médica pode ser trabalhar em um hospital ou centro médico. Porém, pode ser menos lucrativo. É essencial ter uma boa base ou estrutura para ter o seu próprio consultório ou clínica. Além de conquistar o prestígio e a confiança dos pacientes. 

De certa forma, um hospital bem-conceituado ou clínica médica vão abrir as portas para você. 

Porém, como você vai trabalhar para outra pessoa, estará sujeito às regras do estabelecimento, bem como a ter surpresas como ser descadastrado de um sistema sem ser comunicado.

2. Ter a sua própria clínica

Ao abrir sua própria clínica, há um investimento que deve ser calculado. Além disso, é importante fazer uma pesquisa para verificar quais os materiais, pontos e outros fornecedores de boa qualidade para o seu negócio.

Outro ponto necessário é ver se o ambiente e o espaço proporcionam um bom atendimento, fazem o paciente ser bem acolhido. Tudo isso é essencial para conquistar a sua confiança.

Entretanto, você deve considerar se a clínica terá mais profissionais ou somente o seu atendimento. 

Caso seja a primeira opção é importante ver se há espaço suficiente para que todos trabalhem confortavelmente e atendam bem o paciente. Além de outros itens das leis trabalhistas, como salário e carga horária. 

Vai haver secretária, recepcionista, pessoal da limpeza? Muitos itens, não é mesmo? Mas são essenciais para que a sua clínica ou consultório funcione corretamente.

Aqui você será o dono do negócio, portanto, não será pego de surpresa com o descadastramento de um sistema, especialmente, sem ser comunicado. 

Conseguiu entender como funciona quando você se questiona se “fui descadastrado do hospital que trabalho?” Além disso, mostrei para você se vale mais a pena ter a sua própria clínica ou trabalhar para terceiros. Em ambas as situações, é importante ter sempre um advogado especialista em Direito Médico.

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